terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Meta-postagem.

Eu fiquei uns dois ou três dias ensaiando um post. Este, em específico, um dia inteiro.

A verdade é que não estou muito interessada em falar sobre meu dia-a-dia ou coisas do tipo. That's boring, I'd say. Mesmo porque, acho que poucas coisas podem se desenvolver daí e, o que se desenvolve, é demais para eu falar aqui.

Outro ponto importante é que isto é um blog, um espaço na WEB para, supostamente, falar sobre sua vida, como se fosse um diário. Esta proposta é, sem dúvidas, a melhor. Algo pessoal, algo seu, sobre você e tudo aquilo que te interessa. O problema é que um blog nem sempre é assim.
Não estou falando dos blogs famosos, de tirinhas engraçadas, com memes e coisas do tipo. Só pra ressaltar, digo eu.

Por ser um epaço na WEB, qualquer um pode ter acesso, basta a pessoa ter a URL, o endereço. Ou, ainda, procurar no Google (caso seu blog esteja "público" para as pesquisas). Claro, deve levar algum tempo e as palavras certas, mas nada de muito exaustivo. Ok, para nossa geração, sim, já que nos acostumamos com informações instantâneas ou, no mais, rápidas. De qualquer maneira...

Por ser um espaço público, é exatamente por isso que tem-se certo receio de postar tanto que possa identificar sua rotina. Ou, pelo menos, foi assim que aprendi. Acho meio capenga falar aquelas coisas de "na minha época", mas peço licença, agora, para isso. Comecei a blogar com uns 13 anos. Este post, porém, não se trata de experiências pessoais (não no nível de recontar uma história), mas debater sobre este ato: postar.

Observando minha própria trajetória, pode-se dividir o ato de postar em algumas fases. Não quero indicar que uma fase é evolução da outra, mas simplesmente viso apontar como as coisas ocorreram para mim (e o que tiro disso). Para facilitar a (minha) vida, usarei primeira pessoa.
Inicialmente, postei exatamente sobre a proposta de um blog: vida pessoal e cotidiana. Sobre coisas as quais eu não poderia falar com mais ninguém. Logo, o blog era uma válvula de escape. Isso sempre foi, mas ao longo do tempo essas coisas mudaram.
Depois, para atrair mais visitantes, procurei conteúdo que me agradava e que poderia agradar aos outros. Em sua maioria, sobre animes e video-games que eu gostava na época (e, como a maior parte ainda não terminou, ainda gosto lol).
Se não me engano, as postagens seguiram com várias críticas sobre coisas que via aleatoriamente, mundo real ou virtual. Ou ambos.
Por fim, creio que passaram para coisas como esta: pensamentos e ponderações acerca de certo assunto.

(No fim, eu esqueci todo o propósito deste post e me aventurei com outras coisas. É idiotice, mas prefiro continuar.)

Com toda essa porcaria digitada, o que quero dizer é que, no fim, não postamos mais que impressões, por mais que tentemos falar do cotidiano. Impressões de acontecimentos, de sentimentos, de qualquer coisa. No fim, um blog pessoal não é tão pessoal assim, já que, por mais que tentemos escrever, certas impressões, fantasias e pensamentos ficam para sempre trancados dentro de nós. Por mais que você exponha aquilo que sente ou deixa de sentir, é tudo sublime demais, coisas que podem e não podem ser levadas literalmente. Uma contradição. Da mesma forma que exponho meus pensamentos, eles estão ainda mais trancados dentro de mim e o olhar sobre eles será cada vez mais difícil, cada vez que retomo a escrita ou pensamento sobre eles. Não creio que isso seja alguma forma de hipocrisia, bem longe disso. A tentativa de falar sobre algo tão íntimo é real. O problema é, ainda assim é uma tentativa. Portanto, incompleta em seu âmago. Como tudo aquilo que pensamos e sentimos.

E esta é, sem dúvida, outra tentativa de escrever sobre minhas impressões. Oooops!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

E continua...

Faz tempo!

É isso que consigo dizer, neste primeiro post. Faz tempo que não uso um blog (porque ter, haha, este eu sempre tive). Posso apontar diversos motivos, todos completamente plausíveis, daqueles que não haveria pessoa nesta terra que discordasse destes motivos legítimos (?). Entretanto, por mais que eu começasse a discorrer sobre eles, em minha mente, eu poderia ouvir milhares de contra-argumentos sobre. Então, creio mais frutífero pular essa parte de mimimi e blablabla e falar sobre o que interessa.

E o quê, exatamente, interessa?

E vou lá saber eu?!

Não, mentira. Eu sei porque escrevo: porque não escrevo. Deixe-me explicar melhor... por ir à faculdade, por escrever trabalhinhos e isso e isso e aquilo, acabei envolvendo-me em uma relação viciosa com a escrita, que se tornou completamente funcional e vazia. Por ter sido tão elogiada quanto à minha escrita, eu esqueci de praticar e, por fim, esqueci como escrever. Por ter levado tão pouco em consideração, esvaiu-se minha capacidade; e pior, por ter vergonha de me expressar destas formas mais... assim, perdi meu senso de polidez e beleza sublime (se é que algum dia tive um).

Digo, por fim: volto por necessidade. De escrever melhor, de escrever mais. De me expressar de formas satisfatórias. De por aí vai que agora tenho que voltar ao trabalho.